Missão

Atender com qualidade e eficiência os usuários do Sistema Único de Saúde, visando alcançar as demandas do Estado com a diminuição de filas.

Público-alvo

Pacientes obesos, com ou sem outros problemas de saúde avaliados, que precisem de atendimento médico para avaliação da necessidade de cirurgia bariátrica.

Objetivo

Atender todos os pacientes do Estado do Pará que precisem de avaliação médica para saber se há indicação para realização do procedimento.


GUIA CIRURGIA BARIÁTRICA

Arquivo em formato PDF


PERGUNTAS FREQUENTES

Listamos as principais dúvidas de pessoas interessadas na cirurgia bariátrica.

Para quem é indicada a cirurgia bariátrica?

São candidatas à cirurgia bariátrica pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC) igual ou superior a 40 kg/m2. Aqueles com IMC entre 35 e 40 kg/m2 que tenham pelo menos uma doença associada à obesidade (exemplo: diabetes, pressão alta, colesterol alto, gordura no fígado, artrose, doenças dos vasos das pernas) também são candidatos à cirurgia.


Quais as principais contraindicações para a realização da cirurgia bariátrica?

Pacientes com doenças graves e avançadas não são liberados para a realização desta cirurgia, pois apresentam risco cirúrgico muito alto e podem descompensar suas doenças após a cirurgia com elevado risco de morte. Pacientes com doenças psiquiátricas graves ou não tratadas, também não são liberados para a cirurgia, pois existe risco de piora do distúrbio após a cirurgia. Por esse motivo, a avaliação psicológica (ou psiquiátrica em alguns casos) é fundamental. Vícios como cigarro, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas também impedem a cirurgia. É importante que o paciente pare de fumar por pelo menos 6 meses antes da cirurgia.


Quais os riscos da cirurgia bariátrica?

O risco de morte é o mesmo de qualquer outra cirurgia de grande porte (menos que 0,5%), mas este risco existe e deve ser considerado. Em poucos casos, pode ocorrer a abertura dos grampos ou das costuras, podendo exigir uma segunda operação. Trombose (sangue coagulado) nas pernas ou nos pulmões é também uma preocupação, que às vezes leve à morte.


O que se pode fazer para diminuir os riscos da cirurgia?

A perda de peso antes da cirurgia, mesmo que pequena, consegue diminuir os riscos de complicações e de mortalidade. Além disso, o uso da meia elástica nas pernas, a aplicação de medicação anticoagulante (heparina) pela equipe hospitalar durante a internação e a caminhada precoce (ainda no primeiro dia após a cirurgia) também ajudam a reduzir os riscos, mas eles continuam existindo, apesar de baixos.


Como será o meu acompanhamento pré-operatório?

Você deverá passar em consultas com os profissionais da equipe (endocrinologista, nutricionista, psicólogo e cirurgião bariátrico). Realizará uma serie de exames pré-operatórios (sangue, fezes, urina simples e/ou urina de 24 horas, exame do coração, do pulmão, do estomago e do abdome, além de outros que o seu medico ache necessário). Essas consultas servem para que os profissionais da equipe avaliem sua saúde e para que você seja preparado para a cirurgia. Este período exige seu esforço e sua participação para que você já comece a se adaptar as mudanças que ocorrerão no pós-operatório. Após concluir o acompanhamento inicial e realizar a avaliação pré-anestésica, se tudo correr bem, sua cirurgia será agendada.


Como será minha alimentação no pós-operatório?

Nos primeiros 15 dias após a cirurgia você poderá ingerir apenas líquidos pouco calóricos e sempre em pequena quantidade. A cada 30 minutos você deverá tomar 20 ml de liquido (meia xícara de café).

Opções de líquidos: água, chá, gelatina dietética, suco de fruta coado, iogurte natural desnatado, caldos coados (de carne magra, peixe, frango sem pele e legumes) e água de coco.

Para adoçar os líquidos, apenas adoçantes dietéticos são permitidos. A ingestão de alimentos sólidos neste período está proibida pelo risco de abertura dos pontos da cirurgia. Se houver alguma complicação, uma nova cirurgia poderá ser necessária. Líquidos calóricos como leite condensado, milk-shakes e achocolatados podem causar mal-estar (náuseas, vômitos, diarréia, palpitação e hipotensão), além de prejudicar a perda de peso, portanto são proibidos nesta fase.


Quando poderei ingerir alimentos sólidos?

Geralmente de 15 a 30 dias após a cirurgia, você poderá introduzir lentamente os alimentos pastosos. Após 30 dias da cirurgia os alimentos sólidos serão liberados. Entretanto, todo cuidado é pouco neste momento. Você devera se servir em um pires e deverá colocar no total 5 colheres de sopa da comida. Devera utilizar uma colher de chá para comer. Mastigue muito bem os alimentos. Você deverá demorar em torno de 1 minuto entre uma colherada e outra para evitar que o estomago fique estufado. Invista nas proteínas: carne vermelha, peixe, frango, queijo, leite, iogurte e ovos.


Posso fumar?

Não! O cigarro irrita o trato respiratório e provoca tosse, prejudicando a cicatrização da cirurgia. Além disso, quem fuma tem mais risco de adquirir infecções como gripe e pneumonia.


Quando poderei voltar ao trabalho?

Se o seu trabalho é leve e não exige esforço físico, você poderá voltar a trabalhar em torno de 3 semanas. Se o seu trabalho é mais pesado, deverá voltar apenas entre 6 a 8 semanas. De qualquer forma, em todos os casos o cirurgião deverá sempre avaliar o paciente para liberá-lo a voltar ao trabalho.


Quando poderei começar a fazer exercícios físicos?

Apenas 90 dias após a cirurgia.


E as vitaminas?

O uso de polivitamínicos será orientado após a cirurgia. Pode ser necessária a suplementação de ferro e cálcio, além do uso rotineiro do polivitamínico. Se houver necessidade, você também será orientado a realizar a reposição intramuscular de injeções de vitamina B12.


Posso engravidar após a cirurgia?

Pode sim! Entretanto, recomendamos que você espere pelo menos 1 ano após a realização da cirurgia da obesidade para planejar sua gestação. É importante evitar a gravidez nos 12 primeiros meses da operação para não comprometer o seu resultado cirúrgico. Sugerimos também que, antes da gestação, você faça uma avaliação com um dos clínicos da nossa equipe, assim como o acompanhamento paralelo durante todo o pré-natal.


Posso voltar a ganhar peso?

Sim! Se você descuidar e abusar na alimentação, acabará recuperando parte do seu peso antigo. Estudos comprovam que metade dos pacientes operados volta a ganhar em torno de 8% do ultimo peso antigo.


Preciso fazer acompanhamento para o resto da vida?

Precisa! O acompanhamento inicial, em especial no primeiro ano pós-operatório, deve ser mais rigoroso, com consultas freqüentes com todos os profissionais da equipe. À medida que o organismo vai se adaptando com as mudanças sofridas após a cirurgia, este acompanhamento vai sendo mais espaçado. No entanto, recomendamos que, após 2 anos de cirurgia, você visite os profissionais pelo menos uma vez por ano para avaliação rotineira. Caso haja alguma alteração que precise ser acompanhada com maior freqüência, o seu médico irá orientá-lo.


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